C10 - Semana 20 -Bizantinos


O Império Bizantino era extenso e abrigava povos de diversas culturas e línguas, mas tinha o grego como língua oficial. Constantinopla, sua capital, tinha uma posição geográfica privilegiada: ficava na entrada do Mar Negro, entre a Europa e a Ásia, e era passagem obrigatória de importantes rotas comerciais que ligavam o Oriente ao Ocidente.

A fama de Constantinopla devia-se principalmente ao seu intenso comércio. Conhecida como “Porta do Oriente”, a cidade era o ponto de encontro de pessoas e mercadorias de várias partes do mundo: da China vinha a seda; da Índia e do Ceilão, as famosas especiarias (cravo, pimenta-do-reino etc.); esses produtos mais as joias e as imagens religiosas fabricadas pelos bizantinos eram exportados para o Ocidente com grande lucro.

A política

Como quase tudo no Império Bizantino, a política também tinha a ver com a religião. O imperador era considerado o representante de Deus na Terra. Era a maior autoridade nos assuntos terrenos (como guerra e administração) e nos religiosos. Para os bizantinos, a autoridade do imperador provinha de Deus, ou seja, o Império Bizantino era uma teocracia – do grego theos (Deus) e kratos (poder).

Era o imperador bizantino quem escolhia o patriarca, o cargo mais alto na Igreja Bizantina. Depois do imperador, o patriarca era o homem mais poderoso do império.

O governo de Justiniano

O governo do imperador Justiniano (527 a 565) e sua esposa Teodora marcou a história do Império Bizantino. O governo de Justiniano empenhou-se em restabelecer a unidade do Império Romano reconquistando as terras perdidas para os germanos. Conquistaram parte do norte da África aos vândalos, a Península Itálica, aos ostrogodos e o sul da Espanha, aos visigodos, passando, com isso, a controlar boa parte do Mar Mediterrâneo. Observe o mapa.

Essas conquistas, no entanto, custaram caro aos bizantinos. Para cobrir os gastos com a guerra e a manutenção dos novos territórios, o imperador passou a aumentar cada vez mais os impostos, o que provocou forte descontentamento e revolta.

A religiosidade bizantina

Os bizantinos eram cristãos e viviam intensamente o cristianismo. As festas oficiais, como a coroação de um imperador, tinham sempre um caráter religioso. Os aniversários das pessoas eram comemorados duas vezes ao ano: uma no dia do seu nascimento e outra no dia do santo cujo nome a pessoa adotou. Quem faltasse à missa por três domingos seguidos era expulso da Igreja.

No Império Bizantino, os ícones (imagens pintadas e esculpidas de Cristo, da Virgem e dos santos) eram muito populares e serviam como estímulo à devoção. Os principais fabricantes de ícones eram os monges, que enriqueciam com essa atividade.

Os iconoclastas

Em 726, movido por razões religiosas e políticas, o imperador bizantino Leão XIII proibiu o culto às imagens religiosas e ordenou a destruição de ícones em todo o Império. Quando as imagens começaram a ser destruídas, populares reagiram de forma violenta aos iconoclastas; e em vários pontos do Império explodiram revoltas; muitas delas lideradas por monges e interessadas em derrubar o governo imperial. O imperador mandou reprimi-las duramente; decorreu daí uma guerra civil que se prolongou até 843, quando a imperatriz Irene reestabeleceu o direito de culto às imagens.

O Cisma do Oriente

Com o tempo o cristianismo dos bizantinos foi trilhando um caminho próprio: a língua da missa era o grego, os rituais apelavam aos sentimentos, e negava-se a existência do purgatório. Conforme o cristianismo bizantino se diferenciava do romano, as divergências entre o patriarca e o papa iam aumentando, já que ambos se consideravam dirigentes supremos da cristandade. As relações entre o patriarca e o papa pioraram a tal ponto que, em 1054, ocorreu o rompimento: a Igreja cristã dividiu-se em duas – a Igreja Católica Apostólica Romana, liderada pelo papa, e a Igreja Cristã Ortodoxa Grega, dirigida pelo patriarca. Essa divisão ficou conhecida como Cisma do Oriente e perdura até hoje. Este cristianismo, chamado de ortodoxo, expandiu-se com as fronteiras do império. Conforme ampliavam suas conquistas, os bizantinos foram evangelizando e convertendo povos eslavos ao cristianismo.

ATIVIDADE

Observe a imagem abaixo e responda:

Mosaico bizantino representando Justiniano e sua corte, século VI. Basílica de São Vital, Ravena, Itália. Os imperadores bizantinos eram chamados de basileus (rei, em grego).



a) Que posição o imperador Justiniano ocupa na imagem?

b) Quem são os personagens à direita?

c) E os personagens à esquerda, quem são?

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