C10 - Semana 18 - Ascensão do Cristianismo
A partir do século III, como vimos, o Império Romano entrou em uma crise prolongada. Para muitos romanos empobrecidos em consequência da crise, a religião oficial e o culto ao imperador já não traziam conforto espiritual ou esperança de dias melhores. Então, passaram a buscar remédio para suas aflições em outra religião. Foi justamente nesta época que o cristianismo se expandiu e se consolidou. Para isso, contribuíram os ensinamentos de Jesus.
Segundo o Novo Testamento, Jesus, filho de Maria e José, nasceu em Belém, lugarejo próximo a Jerusalém, na Judeia, que, na época, era uma província do Império Romano, sob o governo de Otávio Augusto.
Aos 30 anos, dizendo ser o messias esperado, Jesus começou a percorrer as aldeias e cidades da Judeia pregando o amor ao próximo, a humildade e a igualdade entre as pessoas, e prometendo aos justos o paraíso. Com isso conseguiu um grande número de seguidores entre os judeus pobres. Em suas pregações, Jesus:
- propunha a adoração a um só Deus, único e universal, opondo-se, com isso, à crença aos vários deuses romanos;
- afirmava ser o messias que traria a felicidade eterna a quem merecesse;
- se opunha à violência e prometia a vida eterna.
Por isso e pela acusação de se dizer rei dos judeus e de pregar contra as autoridades,
Jesus foi condenado à morte na cruz pelos romanos. Após sua morte, os apóstolos, com destaque para Paulo e Pedro, passaram a transmitir seus ensinamentos aos povos do Império, já que a proposta cristã era de uma religião universal.
Com a promessa de um mundo melhor, animado pelas pregações dos apóstolos, a exemplo de Paulo, e por obras de caridade, o cristianismo começou a se expandir entre diferentes grupos sociais e povos (como os gregos, os romanos, os samaritanos, entre outros) e regiões ao redor de todo o Mar Mediterrâneo.
Por que tantas pessoas pobres se convertiam ao cristianismo? Os pobres buscavam na religião de Jesus a esperança de conseguir o paraíso. Para eles, que formavam a maioria dos primeiros cristãos, o imperador era o anti-Cristo, e Jesus era a salvação; a felicidade eterna em outra vida.
A perseguição aos cristãos
Conforme o cristianismo se expandia, as autoridades romanas passaram a persegui-lo. A perseguição aos cristãos aconteceu por mais de dois séculos e incluiu: a) execuções públicas e crucificações; b) exposição a feras famintas para serem devorados; c) destruição de suas igrejas.
Resistindo à perseguição romana, os cristãos reuniam-se nas catacumbas, galerias subterrâneas onde oravam e sepultavam seus mortos.
Apesar de perseguido pelo governo romano, o cristianismo (com sua crença na vida pós-morte) continuou atraindo pobres, remediados, seguidores por todo o império.
Inicialmente, os imperadores alarmados intensificaram as perseguições aos cristãos. Posteriormente, perceberam que era melhor aliarem- se a eles, a fim de conservar seu poder. Em 313, o imperador Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos, por meio do Édito de Milão e, antes de morrer, resolveu batizar-se. A consagração do cristianismo deu-se no governo de Teodósio, que, em 380, transformou o cristianismo em religião oficial do Império Romano.
Nascido entre os pobres, o cristianismo passava a ser agora uma das colunas de sustentação do Estado romano, que passou a ser
chamado de Império Romano Cristão.
ATIVIDADE
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